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Após 63 anos casados, casal morre no mesmo dia sem saber um da internação do outro

 

1 de agosto de 2016 15:20  

Quando filhos e netos ligavam para saber como estavam Fernando e Delinda Biz, a resposta da matriarca até mudava um pouco de acordo com o dia, mas sempre acabava com os mesmos dizeres: “Quando a gente for, a gente vai junto”.

Apesar da displicência das palavras, Delinda estava certa. Após 63 anos casados, os dois acabaram morrendo no mesmo dia: 19 de julho. Ele, aos 82 anos, por causa de um problema do coração. Ela, aos 86, após falência de múltiplos órgãos. Não chegaram a saber nem da internação nem da morte um do outro.
Os dois nasceram e cresceram em Turvo (SC) e se conheceram em uma festa religiosa. Fernando tinha 19 anos, Delinda 23. O namoro durou um ano, com encontros durante a missa e visitas formais, sempre sob olhares atentos dos pais. Casaram-se em 1953.

No sítio simples que herdaram da família, os dois plantavam arroz, milho e feijão. Durante a infância dos filhos, falavam mais italiano – idioma de seus ascendentes – do que português. Todas as noites, reuniam os dez filhos em um círculo na sala e liam passagens da Bíblia. Também rezavam o terço antes de dormir.

Fernando era sério, sisudo, exigente, mas foi amolecendo com o tempo, diziam os filhos mais velhos ao ver a “moleza” recebida pelos mais novos. Já Delinda era engraçada, divertida, carinhosa e apaziguadora se necessário.

Com o tempo, os filhos foram casando e se mudando. Com menos ajuda na lida, o casal vendeu as terras e começou vida nova em Araranguá (SC). Fernando abriu um bar, que tocou com a ajuda dos filhos mais novos, enquanto Delinda se dedicava a casa. Fazia roupas para a família e caprichava na cozinha.

Os almoços com macarrão, polenta e galinha caipira continuaram a reunir toda a família aos domingos. Até os filhos e os netos que moravam em outras cidades costumavam aparecer. A mesma popularidade tinham os cafés da tarde de Delinda. Não faltavam pão sovado, bolinho de chuva e cuca.

Com a aposentadoria, Fernando costumava rodar pela cidade em sua bicicleta e jogar carteado com os amigos – às vezes era o anfitrião, em outras era o convidado. Delinda preferia ficar em casa, sentadinha na sala ou ao lado do fogão a lenha. No sofá de casa, ele interrompia as missas que a mulher assistia na televisão para perguntar se ela o amava. Delinda se irritava com a insistência e sempre terminava com: “Te amo, mas me deixa ver a televisão”. Marido e mulher conseguiam repetir o mesmo diálogo diversas vezes no dia.

Os problemas de saúde começaram a aparecer nos últimos anos, levando o casal a morar com uma das filhas. Fernando precisou de um marcapasso por problemas cardíacos e já apresentava sintomas de alzheimer. Delinda teve quatro derrames.

Ausência.
Na noite do último dia 18, ela começou a se sentir mal. Foi levada ao hospital por um dos filhos e lá ficou em observação. Na manhã seguinte, Fernando percebeu sua ausência e questionou uma das filhas – que não revelou a internação.

Ele então pediu uma blusa, um pouco de café e voltou para a cama, onde foi encontrado morto 15 minutos depois, por volta das 7h30min. Delinda, que teve que ser entubada na madrugada, morreu às 13h do mesmo dia. “Sei o que dizem os médicos e os atestados de óbito, mas, para mim, minha mãe já tinha ido na madrugada e veio buscar meu pai para ir junto dela. Ela chegava a rezar para Jesus levar os dois juntos”, conta a filha Rose.
A missa e o enterro do casal aconteceram também no dia 19, no cemitério de Araranguá, onde Fernando e Delinda continuam juntos. (Folhapress

 

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Caixa começa a pagar Auxílio Brasil com valor mínimo de R$ 400

A Caixa Econômica Federal paga nesta sexta-feira (10) o Auxílio Brasil para beneficiários com NIS (Número de Inscrição Social) com final 1.

Um medida provisória publicada em edição extra do Diário Oficial da União na terça-feira (07) antecipou o pagamento do novo valor do programa social. O instrumento criou um benefício extraordinário que complementa as parcelas já previstas do Auxílio Brasil para o valor de R$ 400. Ou seja, cada família receberá, no mínimo, essa quantia.

Segundo o Ministério da Cidadania, do total de 14,5 milhões de famílias atendidas em novembro pelo novo programa social do governo federal, 13 milhões recebiam menos de R$ 400. Em novembro, o valor médio do Auxílio Brasil foi de R$ 224,41.

Calendário

As datas de pagamento seguem o modelo do antigo Bolsa Família, que pagava os beneficiários nos dez últimos dias úteis de cada mês. Em dezembro, em função do feriado de Natal, os pagamentos vão até o dia 23, com a antecipação do calendário regular em uma semana.

Os beneficiários podem consultar as informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

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Reabrem as fronteiras terrestres para que argentinos possam entrar no Brasil

Por meio da Portaria Interministerial, nº 661, assinada em 8 de dezembro, e publicada nesta quinta-feira, dia 09, o governo brasileiro decidiu viabilizar o acesso de estrangeiros por via terrestre, sob uma série de requisitos que incluem a apresentação do certificado de vacinação e do teste negativo de Covid-19, além dos requisitos usuais de imigração.

Bom frisar que a portaria permite o ingresso de estrangeiros também pela Ponte da Integração São Borja/Santo Tomé, mas o retorno à Argentina se dará por Libres, corredor sanitário estabelecido pelo país vizinho.

Já o ingresso de brasileiros na Argentina, via Ponte São Borja e Santo Tomé ainda não está liberado, pois depende de autorização por parte do governo argentino, o que espera-se que ocorra em breve, obedecendo o princípio da reciprocidade, isto é, o tratamento igualitário entre os países.

 

Grupo ESBC – Rádios Cultura AM, Fronteira FM e Folha de São Borja

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IPVA 2022 terá aumento médio de 22,33% no RS; veja as altas por tipo de veículo

Imposto cobrado de donos de veículos todos os anos, o valor a ser pago em IPVA do Rio Grande do Sul terá um aumento médio de 22,33% para 2022. A maior alta será para caminhões, de 25,28%. Já para automóveis de passeio, a elevação será de 21,63%. A coluna teve acesso à tabela oficial da Fipe. Ela traz as médias a partir dos preços registrados no mercado em outubro.

Médias por tipo de veículos:
Automóveis: +21,63%
Caminhonetes e Utilitários: +23,54%
Caminhões: +25,28%
Ônibus e Microônibus: +14,48%
Motos e Similares: +23,13%
Motor – Casa: +10,03%

Lembrando que os percentuais da tabela acima são médias. A alíquota do IPVA será aplicada em cima do preço médio do modelo do veículo, que constará em tabelas que ainda serão publicadas pela Fipe no Diário Oficial da União e pode ter subido menos ou mais do que a média. Talvez, para sortudos, tenha caído. Mas há casos de elevação superior a 30% na comparação com o ano passado. Enquanto isso, a inflação média para o consumidor da região metropolitana de Porto Alegre está girando em torno de 11% no acumulado de 12 meses.

A tabela da Fipe traz o preço de mercado e é usada de referência para vários negócios além do cálculo do IPVA. O motivo da disparada já vem sendo alertado pela coluna há tempo, a falta de insumos, a alta de preços de matéria-prima e o aumento de outros custos de produção elevaram os preços dos carros novos. Com paradas de produção nas montadoras, há modelos escassos. Isso aqueceu, também, o mercado de usados.

Outro ponto importante: não há alteração nas alíquotas de IPVA. Elas seguem as mesmas, mas serão aplicadas em cima de valores maiores. Na prática, claro, aumenta o valor final a ser pago. Para carros, aplica-se uma alíquota de 3%; para motocicletas, 2%; e para caminhões e ônibus, 1%. Os prazos e condições de desconto costumam ser divulgados pela Receita Estadual no início de dezembro.

 

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