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Professor alerta sobre o uso político das manifestações

Neste sábado, foi postado nestas redes sociais, ligadas ao grupo de discussão sobre as manifestações da Unipampa, um post do professor Leandro Ramires Comassetto, que faz uma ampla análise da situação do país e seus efeitos dentro da Universidade. Ele faz um alerta para possível interferência política na tentativa de uso das manifestações. Leiam com atenção.

A OCUPAÇÃO INCONSEQUENTE DA UNIPAMPA

(A comunidade precisa saber)

A despeito de uma grande maioria que quer, de fato, estudar e clama por aulas, a Unipampa vive uma situação inusitada. Mantém uma ocupação marcada visivilmente pelo caráter partidário e inconformista dos que não admitem as mudanças que estão ocorrendo na alta esfera governamental do país e que, é só questão de tempo, ameaça ruir com o comando político em sua quase totalidade. As investigações que se sucedem no campo da Lava-Jato, e que, exemplarmente, vêm se seguindo no mandato do presidente interino, demonstram a prevalência de um desejo mais forte, oriundo do clamor popular, de moralidade e banimento de todos os corruptos, doa a quem doer.

O povo não quer retrocesso. Aclamou o processo de impeachment daqueles que fizeram de tudo para varrer a sujeira para debaixo do tapete depois de terem aparelhado o Estado com o que de mais torpe no meio político em nome de seu projeto de poder. Mas isso não significa que a população está disposta a arcar com eventuais desmandos do governo Temer e com quem se seguir depois dele. É preciso avançar. Esse, entretanto, não é o sentimento que se verifica em boa parte das universidades públicas e, especialmente, na Unipampa, onde, disfarçado de uma indignação contra a “precarização do ensino”, advindo imediatamente após o impeachment, um movimento repentino incita os alunos a ocuparem as instalações da instituição e força uma greve descontextualizada de qualquer reivindicação concreta, numa clara demonstração de que a mobilização se dá unicamente para engrossar o grito dos inconformados contra as mudanças nos rumos da política.

Nesse sentido, grupos ideologicamente aparelhados e/ou induzidos por aqueles que sempre vestiram a toga partidária, fazem de tudo para impedir o andamento das aulas, como se sua atitude, por si só, fosse, num passe de mágica, “desprecarizar” a educação e restaurar as universidades. Pura ilusão, ou melhor, puro ato de má fé. A manifestação sequer chega ao conhecimento do governo federal e, mesmo que chegasse, nenhuma atitude concreta será tomada neste momento de conturbação política e de ainda apuração dos desmandos do governo Dilma, que mergulhou o país numa crise profunda, deixando um rombo de 170 bilhões de reais nas contas públicas e que só faz por gerar desemprego e espalhar a miséria, prejudicando as classes mais pobres.

Pobres também são os que saíram de regiões longínquas, na ilusão do ensino público e de qualidade, com vistas a se capacitar para vencer na vida, e agora veem a universidade ocupada, as salas vazias e a impossibilidade de entrar em qualquer ambiente, nem sequer à biblioteca, para buscar o tão almejado conhecimento. Enquanto isso, arcam com as despesas de aluguel, comida, transporte etc, correndo o risco, inclusive, de perder o semestre, enquanto um percentual muito pequeno festeja uma vitória que só faz sentido para suas pretensões particulares (sim, porque há, inclusive, candidaturas em jogo para a eleição interna que se avizinha) e seu egocentrismo.

O mais curioso, porém, é que, em nome do jogo eleitoreiro e do autoprotecionismo reinante nas instituições públicas, nem direções nem reitoria tomam medidas para restaurar a normalidade, preferindo engrossar, mesmo que contra a íntima vontade, o discurso da demagogia.

É preciso esclarecer aqui que nem este colunista, professor da Universidade Federal do Pampa, nem os alunos, professores e funcionários que se mostram contra a ocupação da Unipampa são a favor da precarização do ensino público. Muito pelo contrário. Praticamente a totalidade deles já participou de movimentos anteriores, pautados na racionalidade e na busca de resultados concretos, e não a partir de causas vagas e subjetivas movidas pelo sabor do momento. Está-se ciente, sim, de que novas lutas se farão necessárias e que toda a classe, não só em São Borja, Jaguarão, Uruguaiana… e não só no âmbito da Unipampa, mas de todas as instituições brasileiras, terá que estar unida e forte em nome da causa da educação.

É preciso, todavia, esperar o momento adequado, reunir forças e construir o movimento, que passa, antes de qualquer greve ou ocupação, primeiro pela negociação, para depois, caso necessário, partir para atitudes mais radicais. O que ocorre agora, entretanto, é colocar a carroça na frente dos bois. É adiantar uma manifestação que não levará a lugar nenhum, a não ser à desmoralização e ao enfraquecimento da própria categoria e ao prejuízo imensurável que está sendo causado aos alunos, que perdem as aulas, gastam necessariamente para se manter longe de casa e atrasam a formação e a busca de uma fonte de renda que, ao invés de eternos mendicantes, possa torná-los efetivamente cidadãos.

 

Leandro Ramires Comassetto

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Educação

Josie Pillar recebe mérito legislativo

Uma noite de reconhecimento e inclusão.

Ao conferir o Mérito Legislativo à professora Josie dos Santos Pillar, a Câmara deu ao trabalho da educadora e ativista na luta pelos direitos das pessoas com deficiência, ainda maior relevância ao trabalho da educadora.

A iniciativa partiu da vereadora Fátima Marchezan, com apoio do conjunto de vereadores.

Acompanhada do companheiro de vida, José Rubens Rosa Pillar, Josie fez um consistente pronunciamento, dividindo com suas equipes as conquistas que vem acumulando e os aplausos que a comunidade dirige ao seu trabalho.

Na plateia, a comunidade surda em peso. Também representantes do extraordinário projeto Esporte para Todos, que leva a sua marca.

O presidente Luciano Belmonte conduziu a sessão, que contou com a presença dos vereadores Bispo Ênio, João Monteiro, João Leivas, além da vereadora proponente, Fátima Marchezan.

O vice-prefeito Jesse Trindade representou o Executivo.

Currículo

Graduada em Educação Física pela Universidade Luterana do Brasil (2008), Especialista em docência, Tradução e Interpretação em LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais.

Já atuou como:

– Professora de Educação Física na APAE Alegrete

– Técnica especializada em Tradução/ interpretação de Libras- Língua Brasileira de Sinais na UNIPAMPA/ Bagé

– docente de Libras nos cursos de Licenciatura e em algumas disciplinas do curso de Educação Física na Universidade da Região da Campanha- URCAMP.

– Tutora do curso de Letras/Libras na UNIASSELVI (2018- 2019)

– professora de Libras e Didática da Educação Física no Curso Normal no Instituto Educacional Osvaldo Aranha.

– Intérprete na Escola Eduardo Vargas

– ATUALMENTE:

– Intérprete de Libras da FENEIS- Federação Nacional de educação e integração dos surdos, convênio UERGS

– Intérprete de Libras da Secretaria de Saúde do município de Alegrete

– Tradutora e Intérprete na Empresa Pessoalize- SC

– Proprietária da Empresa INCLUSIVE Alegrete- Empresa de formação, tradução e interpretação em Libras, assessoria e consultoria na área de inclusão e acessibilidade

– Diretora do Departamento de Ação e Promoção da Inclusão Social da AABB- Associação Atlética do Banco do Brasil

– Junto com a comunidade Surda local foi em busca para que tivesse acessibilidade comunicacional na Câmara de Vereadores no qual atuou por 1 ano

Realiza Interpretações em Libras em contextos educacionais, culturais, jurídicos, saúde, entre outros.

Foi uma das fundadoras da associação “Esporte para Todos”, que trabalha esportes para Pessoas com Deficiência, no qual ainda é atuante.

Tem experiência na área de Docência, Tradução e Interpretação de Libras e Educação Física com ênfase em Educação Física para Pessoas com Deficiência.

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Educação

Victorino propõe parceria com iniciativa privada para implementar escolas cívico-militares

Em reunião com a Secretária da Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira nesta terça-feira,18, o deputado Gustavo Victorino apresentou sua proposta de implementação de parceria entre iniciativa privada e prefeituras para financiar os custos adicionais das escolas cívico-militares no estado.

Conforme o parlamentar, a medida garante o fornecimento de uniformes aos alunos e auxílio financeiro para os militares no ensino do civismo e da segurança, sem onerar os cofres públicos: “Enquanto muitas escolas apresentam evasão escolar, algumas escolas cívico-militares têm filas de espera de mais de dez alunos por vaga, são pais que desejam, além do ensino pedagógico convencional, que os filhos tenham o conhecimento de leis, de regras de trânsito e de comportamento social, levados aos estudantes pelos militares”, argumenta.

Na oportunidade Victorino entregou à secretária as demandas de diversas prefeituras que têm interesse em implementar escolas cívico-militares em suas regiões.

A secretária Raquel Teixeira informou que mais de 80% de crianças e jovens do Rio Grande do Sul estão em escolas públicas e que levará a proposta ao Governador Eduardo Leite.

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Educação

Garantidas as escolas Cívico-militares no RS

O líder do governo, deputado estadual Frederico Antunes participou na tarde desta sexta-feira (14/07), de reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos e com o deputado federal Ten. Cel. Zucco. Na oportunidade Frederico e Lemos informamos ao deputado Zucco, que o governador Eduardo Leite vai manter no Rio Grande do Sul, o programa das escolas cívico-militares nas 18 instituições de ensino administradas pelo Estado.

 

 

A diferença do modelo estadual para o federal, é que em vez de usar reservistas das Forças Armadas como monitores, o RS contrata brigadianos aposentados. A avaliação das comunidades que contam com as 18 escolas cívico-militares da esfera estadual é altamente positiva.

 

Criado em 2019, o programa de escolas cívico-militares permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar com formato que unia educadores civis e militares.

 

Os civis, professores concursados da rede estadual, ficavam responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa e comportamental, que aplicava disciplina aos alunos, passava para os militares.

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